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Senado aprova inclusão obrigatória de abordagens femininas nos currículos escolares em projeto que cria Semana de Valorização de Mulheres

Na última terça-feira (10), o Plenário do Senado aprovou um projeto que determina a inclusão de abordagens femininas nos currículos escolares de forma obrigatória. O texto, agora encaminhado para a sanção presidencial, também institui a Semana de Valorização de Mulheres que Fizeram História.

Essa iniciativa, que modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, impactará os conteúdos curriculares do ensino fundamental e médio nas escolas públicas e privadas. A ideia é destacar as contribuições das mulheres em diversos campos, como história, ciência, arte, cultura, economia e política.

De acordo com a justificativa do projeto, as mulheres enfrentam baixa representatividade no mundo científico devido ao preconceito e à falta de incentivo. Mesmo demonstrando excelência acadêmica, muitas vezes são desencorajadas a buscar carreiras nestas áreas.

A senadora Soraya Thronicke, relatora do projeto, enfatizou a importância da iniciativa para promover maior igualdade e presença das mulheres em campos nos quais elas não se sentem representadas. Destacou-se a influência dos estereótipos desde a infância, que limitam as escolhas das meninas e refletem na baixa representatividade feminina em diversas áreas profissionais.

Durante a discussão do PL 557/2020, houve divergências de opiniões no Senado. O senador Flávio Azevedo questionou a necessidade de uma nova lei para valorizar figuras históricas femininas, enquanto o senador Rodrigo Pacheco afirmou que o prazo para emendas já havia se encerrado.

A votação do projeto foi simbólica, com votos contrários de alguns senadores, incluindo Azevedo, Cleitinho, Hamilton Mourão, Esperidião Amin e Sergio Moro. Apesar das divergências, a aprovação da proposta representa um avanço no reconhecimento e valorização das mulheres na sociedade.

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