Em um momento em que o governo busca medidas para aumentar a arrecadação e equilibrar as contas públicas no próximo ano, o presidente da Câmara assegurou que, se não for possível aumentar as receitas, a prioridade será discutir cortes de despesas. Nesse sentido, Lira reforçou seu apoio à reforma administrativa, que já foi aprovada em comissão especial e espera ser votada no plenário da Câmara.
O deputado ressaltou que essa proposta não afeta direitos adquiridos, mas apenas aqueles que ingressarem no serviço público federal após a sua aprovação. Ele também admitiu que o governo anterior, que ele mesmo apoiou, não teve vontade política para levar adiante a reforma administrativa.
Em relação à reforma ministerial planejada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Lira destacou que o chefe do Executivo não possui uma base sólida no Legislativo. No entanto, mesmo que Lula consiga ampliar seu apoio com a participação de partidos do Centrão no governo, o presidente da Câmara deixou claro que não haverá retrocessos em relação às reformas aprovadas nos últimos sete anos, como a reforma da Previdência, a autonomia do Banco Central e a privatização da Eletrobras.
Lira enfatizou que certos temas não têm adesão suficiente no plenário das Casas Legislativas, indicando que mesmo com uma base ampliada, o governo terá dificuldades em aprovar mudanças importantes.
Essas declarações de Arthur Lira mostram que o governo enfrenta desafios para aprovar medidas fiscais no Congresso, mesmo com a possibilidade de ampliar seu apoio político. Além disso, indicam que a discussão sobre a reforma administrativa é um ponto chave na busca por equilíbrio nas contas públicas. A falta de adesão do plenário às propostas do governo também é um empecilho para avanços em temas importantes. O cenário político continua sendo um fator determinante para as ações do Executivo, que precisa buscar alternativas para impulsionar a economia e solucionar o déficit nas contas públicas.