Uma das principais características dos desfiles desse ano foi a homenagem a personalidades e histórias da população afro-brasileira. Escolas como Mangueira, Portela, Tuiuti e Viradouro trouxeram enredos que reverenciaram nomes como a cantora Alcione, o livro “Um Defeito de Cor”, o almirante negro João Cândido e divindades africanas.
Cada agremiação teve entre 1 hora e 1 hora e 10 minutos para atravessar a Sapucaí e as penalizações estiveram presentes para aquelas que não conseguiram concluir a apresentação a tempo. A previsão era que o último desfile iniciasse entre 3h e 3h50.
A ordem dos desfiles do segundo dia foi: Mocidade Independente de Padre Miguel (22h), Portela (entre 23h e 23h10), Unidos de Vila Isabel (entre 0h e 0h20), Estação Primeira de Mangueira (entre 1h e 1h30), Paraíso do Tuiuti (entre 2h e 2h40) e Unidos do Viradouro (entre 3h e 3h50).
O enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel foi “Pede caju que dou… Pé de caju que dá!” e celebrou a importância do caju na cultura nacional. A escola verde e branca trouxe à avenida uma narrativa que contou a história da fruta nativa dos povos originários até os dias atuais, com referências a ícones da música popular brasileira.
Já a Portela apresentou o enredo “Um defeito de cor”, baseado no livro homônimo de Ana Maria Gonçalves. A história girou em torno da busca por um filho perdido, que seria Luiz Gama, famoso abolicionista, jornalista, poeta e advogado brasileiro.
A Unidos de Vila Isabel desenvolveu o enredo “Gbalá — viagem ao Templo da Criação”, uma continuação ou outra perspectiva da história do enredo de 1993, trazendo uma leitura mais atual sobre a responsabilidade humana com o planeta.
A Mangueira homenageou a história de vida da cantora Alcione no enredo “A negra voz do amanhã”, que celebrou os 50 anos de carreira da artista.
A Paraíso do Tuiuti apresentou o enredo “Glória ao Almirante Negro”, que retratou a trajetória do almirante João Cândido Felisberto, conhecido por liderar a revolta da Chibata em 1910.
Por fim, a Unidos do Viradouro trouxe o enredo “Arroboboi, Dangbé!”, baseado no mito de uma serpente vodum que se tornou uma divindade após uma épica batalha entre reinos da antiga região da Costa da Mina, na África.
A noite de desfiles encerrou-se com a expectativa pela quarta-feira de Cinzas e pela apuração do Carnaval, quando será conhecida a campeã do Carnaval Carioca de 2024.