Segundo dia de desfiles do Grupo Especial do Carnaval carioca tem enredos emocionantes e homenagens à cultura afro-brasileira.

A Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, foi palco nesta segunda-feira (12) à noite do segundo e último dia de desfiles do Grupo Especial. Seis escolas de samba entraram na avenida em busca do título de campeã do carnaval carioca.

Uma das principais características dos desfiles desse ano foi a homenagem a personalidades e histórias da população afro-brasileira. Escolas como Mangueira, Portela, Tuiuti e Viradouro trouxeram enredos que reverenciaram nomes como a cantora Alcione, o livro “Um Defeito de Cor”, o almirante negro João Cândido e divindades africanas.

Cada agremiação teve entre 1 hora e 1 hora e 10 minutos para atravessar a Sapucaí e as penalizações estiveram presentes para aquelas que não conseguiram concluir a apresentação a tempo. A previsão era que o último desfile iniciasse entre 3h e 3h50.

A ordem dos desfiles do segundo dia foi: Mocidade Independente de Padre Miguel (22h), Portela (entre 23h e 23h10), Unidos de Vila Isabel (entre 0h e 0h20), Estação Primeira de Mangueira (entre 1h e 1h30), Paraíso do Tuiuti (entre 2h e 2h40) e Unidos do Viradouro (entre 3h e 3h50).

O enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel foi “Pede caju que dou… Pé de caju que dá!” e celebrou a importância do caju na cultura nacional. A escola verde e branca trouxe à avenida uma narrativa que contou a história da fruta nativa dos povos originários até os dias atuais, com referências a ícones da música popular brasileira.

Já a Portela apresentou o enredo “Um defeito de cor”, baseado no livro homônimo de Ana Maria Gonçalves. A história girou em torno da busca por um filho perdido, que seria Luiz Gama, famoso abolicionista, jornalista, poeta e advogado brasileiro.

A Unidos de Vila Isabel desenvolveu o enredo “Gbalá — viagem ao Templo da Criação”, uma continuação ou outra perspectiva da história do enredo de 1993, trazendo uma leitura mais atual sobre a responsabilidade humana com o planeta.

A Mangueira homenageou a história de vida da cantora Alcione no enredo “A negra voz do amanhã”, que celebrou os 50 anos de carreira da artista.

A Paraíso do Tuiuti apresentou o enredo “Glória ao Almirante Negro”, que retratou a trajetória do almirante João Cândido Felisberto, conhecido por liderar a revolta da Chibata em 1910.

Por fim, a Unidos do Viradouro trouxe o enredo “Arroboboi, Dangbé!”, baseado no mito de uma serpente vodum que se tornou uma divindade após uma épica batalha entre reinos da antiga região da Costa da Mina, na África.

A noite de desfiles encerrou-se com a expectativa pela quarta-feira de Cinzas e pela apuração do Carnaval, quando será conhecida a campeã do Carnaval Carioca de 2024.

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