Essas mudanças nas projeções foram motivadas por diversos fatores, como os impactos da alta do dólar, das enchentes no Rio Grande do Sul e dos recentes aumentos nos preços da gasolina e do gás de cozinha. Essas altas nos preços contribuíram para elevar a estimativa de inflação para o ano.
No que diz respeito ao crescimento do PIB, a manutenção da projeção em 2,5% foi justificada pelo vigor das vendas no varejo e pela crescente demanda por serviços. Esses fatores foram impulsionados pela criação de empregos, pelo aumento da massa de rendimentos e pela queda dos juros, que facilitou o acesso ao crédito.
Para o próximo ano, a estimativa de crescimento do PIB foi reduzida de 2,8% para 2,6%. A justificativa para essa diminuição foi a expectativa de uma menor redução da Taxa Selic, os juros básicos da economia.
O Boletim Macrofiscal também destacou os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, que devem influenciar o PIB do estado em 0,25 ponto percentual em 2024. Medidas de suporte estão sendo estudadas para minimizar esses efeitos sobre a economia local.
Essas projeções servirão de base para o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado em breve e orientará a execução do Orçamento com base no desempenho das receitas e dos gastos do governo. Com a garantia do cumprimento da meta de déficit primário e do limite de gastos, o governo poderá reavaliar e bloquear alguns gastos não obrigatórios.