Os dados de monitoramento apontam que a média anual de material particulado fino (MP2,5) em São Paulo atingiu o preocupante número de 14,59 microgramas por metro cúbico (µg/m³) em 2023, quase três vezes o limite estabelecido pela OMS, que é de 5 µg/m³. Essas partículas, provenientes principalmente de veículos, indústrias e queimadas, podem causar graves problemas de saúde, como doenças respiratórias, cardíacas e até câncer, devido à sua capacidade de penetrar profundamente nos pulmões.
As 12 cidades com os níveis mais elevados de poluição do ar em São Paulo incluem Araçariguama, Barueri, Caieiras, Cajamar, Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itupeva, Jundiaí, Pirapora do Bom Jesus, Santana de Parnaíba e Várzea Paulista. Esses municípios registraram uma média alarmante de 39 µg/m³ de material particulado fino.
A capital paulista e Guarulhos, a segunda cidade mais populosa do estado, também apresentam índices elevados de poluição, com 36,5 µg/m³ e 34,16 µg/m³, respectivamente. Esses números preocupantes refletem uma realidade nacional, com todas as regiões do Brasil respirando níveis de poluição acima do recomendado pela OMS.
Essa situação não se limita apenas a São Paulo ou ao Brasil, mas atinge um cenário global alarmante. Segundo a OMS, 99% da população mundial respira níveis insalubres de material particulado fino e dióxido de nitrogênio, que podem ocasionar sérios danos à saúde cardiovascular, cerebrovascular e respiratória.
Diante desse panorama preocupante, medidas urgentes de controle e redução da poluição do ar se fazem necessárias para proteger a saúde da população e preservar o meio ambiente para as gerações futuras.