A aprovação das escolas cívico-militares no Estado de São Paulo pela Assembleia Legislativa há duas semanas foi um dos principais temas em pauta. O projeto, de autoria do governador Tarcísio de Freitas (REPUBLICANOS) e sancionado no final de maio, propõe uma gestão compartilhada das unidades de ensino entre corporações militares e secretarias estadual ou municipais de Educação.
A vereadora Silvia destacou a preocupação com a implementação desse modelo de escolas, citando que já existem escolas cívico-militares que não funcionam adequadamente. Ela ressaltou a intenção de organizar a resistência para que esse modelo não seja adotado na cidade de São Paulo.
Durante a reunião, professores e educadores de diversas regiões do país participaram virtualmente. A professora Catarina de Almeida, pesquisadora do tema, afirmou que a militarização do ensino irá descaracterizar a essência das escolas públicas, retirando seu caráter de instituição pública e impedindo o debate amplo de temas que atravessam a sociedade brasileira.
A diretora do Centro Acadêmico Paulo Freire, Nicoli Tedeschi, provocou reflexões sobre a presença de militares nas escolas e a possível relação de medo e violência que poderia ser estabelecida com os estudantes. Já a professora Priscila Pettine questionou a constitucionalidade da proposta, ressaltando a importância de seguir os princípios educacionais e respeitar a legislação vigente.
A Frente Parlamentar em Defesa das Escolas Contra a Violência e os Discursos de Ódio foi instituída em maio de 2023 com o objetivo de aprofundar os debates no âmbito legislativo sobre a defesa das escolas contra a violência e os discursos de ódio no ambiente escolar. A íntegra da reunião pode ser conferida em vídeo disponível online.