SÃO PAULO – “Estudo do Hospital das Clínicas aponta eficácia da oxigenoterapia hiperbárica na recuperação de lesões musculoesqueléticas”

Um estudo realizado pelo Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas revelou que a oxigenoterapia hiperbárica pode contribuir significativamente para a recuperação de lesões musculoesqueléticas. De acordo com os resultados, a câmara hiperbárica mostrou eficácia na recuperação pós-cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior no joelho.

Para o líder do estudo, professor Marcos Demange, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFM) da Universidade de São Paulo, esses achados representam um avanço significativo no tratamento de algumas doenças ortopédicas.

Segundo Demange, a lesão no ligamento cruzado anterior do joelho é um dano comum entre os praticantes de esportes. Ele explicou que o tempo de recuperação após o tratamento pode ser longo, até que o ligamento fique novamente forte. Ele também mencionou que a oxigenoterapia hiperbárica começou a ser usada em doenças compressivas há mais de 30 anos e, inicialmente, era usada principalmente por mergulhadores em profundidade no mar e trabalhadores em plataformas de petróleo.

Demange citou que a terapia passou a ser utilizada para cicatrizar tecidos em que a oxigenação era ruim e em que bactérias cresciam em excesso, gerando infecções, gangrenas ou feridas grandes. Diante disso, ele teve a ideia de aplicar a medicina hiperbárica no sistema esquelético.

O professor deixou claro que há algumas contraindicações para a terapia, como glaucoma e claustrofobia, mas ressaltou que os estudos desenvolvidos ainda serão utilizados na prática. Ele afirmou que a linha de pesquisa será expandida para outras áreas, como o tendão do ombro, a cartilagem e o menisco.

No entanto, ele também enfatizou que embora a terapia seja benéfica, existem algumas contraindicações importantes, como glaucoma e claustrofobia grave. Ele também ressaltou que os estudos clínicos com os pacientes serão iniciados em breve e que a pesquisa abre uma nova vertente de tratamento para a Faculdade de Medicina da USP.

Esse estudo representa um grande avanço na área da ortopedia e abre novas possibilidades para o tratamento de lesões musculoesqueléticas. Com a expansão da linha de pesquisa, é possível que mais benefícios sejam descobertos e que o tratamento se torne mais eficaz no futuro.

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