A situação se agravou nos últimos dias, com 1.307 focos de queimadas registrados apenas nos primeiros onze dias de setembro. A Defesa Civil, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, está atuando no combate a incêndios florestais em 19 cidades do estado. O alerta de risco elevado para incêndios foi estendido até sábado, devido às condições climáticas desfavoráveis.
Segundo informações da Defesa Civil, o município de Pedregulho, localizado no norte do estado, tem sido um dos mais afetados pelos incêndios, devido às grandes áreas atingidas pelas chamas. O capitão Roberto Farina explicou que as chamas são difíceis de serem extintas completamente devido ao tamanho das áreas queimadas e às condições de seca que favorecem a reignição do fogo.
O climatologista Marcelo Seluchi, do Cemaden, destacou que a região tem enfrentado um período de seca mais intenso do que o normal, o que contribui para a propagação das queimadas. O secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, alertou que o número de focos já superou os registros de anos anteriores e não há perspectivas de melhora no futuro, ressaltando a necessidade de mudanças na legislação ambiental.
Mais de 15 mil pessoas, entre agentes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental e brigadistas voluntários, estão envolvidas no combate aos incêndios. A utilização de aeronaves tem sido essencial no combate às chamas, porém as condições climáticas desfavoráveis dificultam as operações. A previsão é de que o estado continue sob clima seco e estável nos próximos dias, o que aumenta o risco de novos incêndios.
Diante desse cenário preocupante, as autoridades e especialistas alertam para a importância de medidas urgentes para conter a destruição ambiental e prevenir novos desastres causados pelas queimadas em São Paulo. A situação requer não apenas esforços no combate aos incêndios, mas também mudanças na forma como lidamos com o meio ambiente e a proteção das florestas.