Durante os trabalhos, a Comissão se dividiu em dois principais eixos de investigação: buscar esclarecimentos sobre a violência contra mulheres e diagnosticar as falhas de atuação do Poder Público, setor privado e sociedade civil. O relatório enfatiza a necessidade de abordagens para enfrentar a violência de gênero, apontando deficiências no atendimento e proteção às vítimas.
A CPI se guiou por sete eixos temáticos durante a investigação, incluindo o aumento da violência e assédio sexual contra mulheres, assédio nas universidades, políticas públicas, violência e misoginia nos esportes, assédio e violência nos transportes públicos e privados, assédio em bares, restaurantes e lugares de lazer, e aborto legal.
O relatório final apresentou uma extensa série de recomendações a autoridades e instituições, como a criação da Procuradoria Especial da Mulher na Câmara de São Paulo e da Frente Parlamentar contra a Violência de Gênero. Também foram sugeridas ações como a criação de canais de denúncia em escolas e no transporte público, adequação dos serviços prestados na Casa de Passagem para garantir o direito à alimentação das mulheres acolhidas, e a divulgação dos serviços oferecidos às mulheres vítimas de violência na cidade.
A presidente da CPI, Dra. Sandra Tadeu, ressaltou a importância do trabalho realizado ao longo do ano, que envolveu representantes de diversos setores, como universidades, transporte público, restaurantes e conselhos de medicina. A vereadora Silva da Bancada Feminista destacou a ênfase do relatório em propor políticas públicas para romper o ciclo da violência e reduzir os números alarmantes.
Além de Dra. Sandra Tadeu e Silva da Bancada Feminista, a CPI contou com a participação das vereadoras Edir Sales (PSD), Ely Teruel (MDB), Janaína Lima (PP), Luna Zarattini (PT), e Sandra Santana (MDB), que ocupou a sub-relatoria. O compromisso do grupo é continuar trabalhando em prol das mulheres e erradicar a violência de gênero na sociedade e na cidade.