SÃO PAULO – Como o calor extremo afeta a saúde e quais cuidados tomar para se proteger dos efeitos nocivos.

As altas temperaturas trazem inúmeros problemas de saúde, desde desconforto pelo suor liberado, desidratação excessiva até problemas cardíacos como a arritmia. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência parceira da Organização das Nações Unidas (ONU), este ano é o mais quente em 174 anos. O marco foi atingido pelo 1,4°C acima da média na temperatura global. As altas temperaturas neste ano ocorreram pelos três principais gases do efeito estufa: dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, que atingiram níveis históricos, afirma a OMM.

O calor extremo tem sido uma causa preocupante em diversas partes do mundo. De acordo com a professora do curso de Medicina da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, Maria Gorete Teixeira Morais, o calor extremo tem sido associado a um aumento significativo na mortalidade, especialmente em adultos e crianças que possuem doenças crônicas.

Um estudo publicado na revista Nature Medicine apontou que cerca de 6% das mortes em cidades da América Latina são causadas pela temperatura extrema. A pesquisa mostrou que as mortes estavam relacionadas a doenças cardiovasculares e respiratórias, que são agravadas em condições de calor excessivo. No Brasil, as diferentes regiões reagem de forma diversa ao calor, devido às variações climáticas.

A professora Maria Gorete ressalta que a exposição a altas temperaturas pode causar uma série de reações fisiológicas no corpo humano. A perda de calor por meio do suor é o método natural de resfriamento, mas em áreas muito úmidas ou secas, essa regulação térmica pode se tornar mais difícil, alerta a professora.

Além dos problemas cardiovasculares, o calor extremo também pode aumentar o risco de complicações relacionadas a doenças contagiosas, como a dengue, sobretudo em épocas de chuvas. Por isso, é fundamental adotar medidas de proteção, como beber bastante água, vestir roupas leves, evitar a exposição direta ao sol nos horários de pico e procurar locais mais frescos.

Neste sentido, é importante que as pessoas tomem precauções, especialmente aquelas que sofrem de problemas cardíacos e respiratórios, além de crianças e idosos. A boa hidratação, alimentação leve e a devida proteção contra a exposição ao sol são fundamentais para a prevenção de complicações decorrentes do calor extremo.

Por isso, para garantir um verão mais seguro e saudável, é necessário adotar medidas simples, porém eficazes, que possam reduzir os impactos do calor excessivo no organismo humano.

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