O calor extremo tem sido uma causa preocupante em diversas partes do mundo. De acordo com a professora do curso de Medicina da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP, Maria Gorete Teixeira Morais, o calor extremo tem sido associado a um aumento significativo na mortalidade, especialmente em adultos e crianças que possuem doenças crônicas.
Um estudo publicado na revista Nature Medicine apontou que cerca de 6% das mortes em cidades da América Latina são causadas pela temperatura extrema. A pesquisa mostrou que as mortes estavam relacionadas a doenças cardiovasculares e respiratórias, que são agravadas em condições de calor excessivo. No Brasil, as diferentes regiões reagem de forma diversa ao calor, devido às variações climáticas.
A professora Maria Gorete ressalta que a exposição a altas temperaturas pode causar uma série de reações fisiológicas no corpo humano. A perda de calor por meio do suor é o método natural de resfriamento, mas em áreas muito úmidas ou secas, essa regulação térmica pode se tornar mais difícil, alerta a professora.
Além dos problemas cardiovasculares, o calor extremo também pode aumentar o risco de complicações relacionadas a doenças contagiosas, como a dengue, sobretudo em épocas de chuvas. Por isso, é fundamental adotar medidas de proteção, como beber bastante água, vestir roupas leves, evitar a exposição direta ao sol nos horários de pico e procurar locais mais frescos.
Neste sentido, é importante que as pessoas tomem precauções, especialmente aquelas que sofrem de problemas cardíacos e respiratórios, além de crianças e idosos. A boa hidratação, alimentação leve e a devida proteção contra a exposição ao sol são fundamentais para a prevenção de complicações decorrentes do calor extremo.
Por isso, para garantir um verão mais seguro e saudável, é necessário adotar medidas simples, porém eficazes, que possam reduzir os impactos do calor excessivo no organismo humano.