Esses números representam um avanço significativo em relação aos dados anteriores, demonstrando que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho. A participação feminina no censo continua sendo maior do que a masculina, representando 51% do número de interessados.
Segundo a secretária da pasta, Sonaira Fernandes, esses dados são especialmente animadores, pois refletem a busca pela autonomia financeira da mulher. Ela ressalta que a dependência financeira em relação aos agressores é um dos fatores que contribuem para situações de violência e, portanto, o avanço das mulheres no mercado de trabalho também representa um avanço na segurança delas.
Além disso, houve uma mudança no perfil dos inscritos, com a faixa etária predominante passando de 20 a 29 anos para 30 a 39 anos, indicando uma maior diversidade no público interessado no curso.
Os dados do censo revelaram um aumento na proporção de mulheres empregadas em diversas regiões do Estado. Na Grande São Paulo, por exemplo, as mulheres representam 78% dos empregados nos setores analisados. Esses números também aumentaram em regiões como Sorocaba, Vale do Paraíba e Litoral Norte, e Baixada Santista e Vale do Ribeira.
O curso do protocolo Não se Cale é obrigatório por lei para profissionais que trabalham em bares, restaurantes, casas de eventos e similares. As aulas são realizadas de forma online e interativa, podendo ser concluídas em até 30 horas. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site específico para o curso.
A Secretaria de Políticas para a Mulher destaca a importância da capacitação desses profissionais para identificar e enfrentar situações de risco, prestando os auxílios previstos no protocolo diante de qualquer pedido de socorro ou suspeita em caso de assédio, violência ou importunação sexual.
A área de atuação do curso engloba diversos tipos de estabelecimentos e o prazo para adequação à legislação estabelecida se encerra no 1º trimestre de 2024. O cumprimento da legislação será fiscalizado pelo Procon-SP, e eventuais infrações podem resultar em multas, suspensão do serviço ou atividade e até interdição, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.
Para mais informações, os interessados podem acessar o site da Secretaria de Políticas para a Mulher e acompanhar as atualizações sobre o protocolo Não se Cale. A capacitação desses profissionais é fundamental para promover um ambiente mais seguro e acolhedor para as mulheres.