A recuperação judicial da Americanas, que teve início em janeiro do ano passado, foi apontada como um dos fatores responsáveis pelo salto nos resultados do banco. O Santander provisionou cerca de 30% da exposição que tinha à rede no balanço do quarto trimestre de 2022, impactando negativamente o período.
Em 2023, o lucro do Santander no Brasil apresentou uma queda de 27,3%, totalizando R$ 9,383 bilhões. Além do caso Americanas, o banco seguiu uma postura conservadora na concessão de crédito, reduzindo as margens. As provisões contra a inadimplência continuaram altas para fazer frente aos atrasos de operações concedidas até o final de 2021.
Os ativos totais do banco chegaram a R$ 1,153 trilhão, representando um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Já o patrimônio líquido aumentou 4,9%, totalizando R$ 86,084 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido avançou 5 pontos percentuais em um ano, atingindo 12,3%.
Em relação ao desempenho operacional, o resultado antes de impostos foi de R$ 1,886 bilhão, representando um aumento de 27,3% em um ano. No entanto, em um trimestre, houve uma queda de 28,3%. O banco observou um aumento nas despesas e um gasto maior com provisões contra a inadimplência.
A margem financeira bruta do banco foi de R$ 14,055 bilhões, representando um aumento de 12,3% em um ano. Já as receitas do banco com serviços aumentaram 7,9% em 12 meses, totalizando R$ 5,480 bilhões.
O presidente do Santander Brasil, Mario Leão, afirmou que o banco está preparado para continuar crescendo no país, construindo um portfólio sólido e duradouro. Segundo ele, a inadimplência de curto prazo chegou ao melhor patamar desde o primeiro trimestre de 2022, reforçando a trajetória positiva no crédito.
O vice-presidente de Finanças, Gustavo Alejo, destacou as boas perspectivas para 2024 e reforçou o objetivo do banco de ser o mais utilizado pelos clientes nas suas decisões financeiras.