Repórter São Paulo – SP – Brasil

Sanções internacionais afetam economia russa em visita de Putin à China: comércio entre os dois países sofre queda nos últimos meses.

A visita do presidente russo, Vladimir Putin, à China foi marcada por uma série de declarações, elogios mútuos e promessas de cooperação ilimitada entre os dois países. No entanto, por trás dessa fachada de amizade, sinais preocupantes indicam que as sanções internacionais estão começando a afetar a economia da Rússia.

Nos últimos dois meses, as exportações chinesas para a Rússia sofreram uma queda significativa, após os Estados Unidos imporem sanções financeiras a instituições que ajudam os russos. Esse movimento foi uma resposta à invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e tem impactado o comércio bilateral entre China e Rússia, que alcançou US$ 240 bilhões em 2023.

A ordem executiva do presidente americano, Joe Biden, permitiu sanções secundárias a bancos estrangeiros que financiam a máquina de guerra russa, incluindo a exclusão dessas instituições do sistema de pagamentos internacional, o Swift. Como resultado, vários bancos chineses foram obrigados a suspender ou reduzir transações com clientes russos, afetando o comércio e as relações entre os dois países.

Diante desse cenário, analistas acreditam que o presidente chinês, Xi Jinping, pode relutar em promover abertamente uma maior cooperação com a Rússia, em meio aos esforços chineses para reconstruir laços com os EUA. O relatório do Instituto Chongyang de Estudos Financeiros sugere que pequenos bancos chineses podem ser promovidos pelo governo para liderar o comércio com a Rússia e contornar as sanções ocidentais.

Apesar dos obstáculos, Putin e Xi se encontraram em Pequim e reafirmaram sua amizade e compromisso mútuo. Os líderes destacaram a importância da cooperação entre China e Rússia para a estabilidade internacional e criticaram os Estados Unidos por sua postura de confronto e lógica da Guerra Fria. Eles defenderam uma ordem mundial multipolar mais justa e sustentável, destacando a importância de sua parceria para a segurança e estabilidade na região da Ásia-Pacífico.

Exit mobile version