Durante o debate, Altman explicou que a OpenAI estava disposta a remunerar devidamente os veículos de imprensa, como o The New York Times, para exibir seus artigos e reportagens no ChatGPT. No entanto, o Times processou a OpenAI por violação de direitos autorais, alegando que a empresa estava utilizando seus textos em demasia para treinar o modelo de linguagem e respostas da ferramenta, sem compensar a publicação por isso.
Altman reforçou que a OpenAI busca novos modelos econômicos que funcionem para todos, inclusive para os donos do conteúdo. Ele ressaltou a intenção de usar menos dados de fontes únicas no futuro, mas ser capaz de interpretá-los melhor. O presidente-executivo também abordou a necessidade de regulação e a preocupação em relação a uma “super IA” que fuja de controle.
Além disso, Altman comparou o ChatGPT 3 com o ChatGPT 4, apontando que a ferramenta consegue se alinhar rapidamente a um sistema de valores. No entanto, ele ressaltou a importância de definir quem irá determinar esses valores, reconhecendo o desconforto e nervosismo das pessoas em relação a empresas como a OpenAI.
O debate também levantou preocupações sobre as “alucinações” das inteligências artificiais, quando elas inventam respostas sem base na realidade. Altman alertou para a possibilidade de ocorrerem situações estranhas à medida que o mundo se aproxima da inteligência artificial generativa, mas enfatizou a importância da resiliência e dedicação a cada questão.
Os participantes do painel concordaram sobre a necessidade de regulação, mas ressaltaram a importância de permitir que a tecnologia amadureça antes de impor restrições severas. A presidente da Accenture, Julie Sweet, comparou o temor em relação à IA com a desconfiança inicial em relação aos emails, destacando que a compreensão e o uso consciente da tecnologia serão essenciais para o sucesso no mundo da inteligência artificial.
O painel foi um dos mais concorridos no Fórum Econômico Mundial, contando com a participação de renomados nomes do mundo da tecnologia e negócios, como Marc Benioff, presidente da Salesforce, e Jeremy Hunt, secretário do Tesouro britânico. As questões levantadas durante o debate refletem as preocupações atuais sobre o futuro da inteligência artificial e seu impacto nos mais diversos setores. A OpenAI continua buscando novas formas de colaboração e remuneração para os conteúdos utilizados em seus modelos de inteligência artificial, mantendo a discussão sobre a ética e regulação da tecnologia em pauta.