Essa medida tomada pelo Ministério da Justiça russo é vista como uma tentativa de silenciar vozes críticas ao Kremlin. O registro de “agentes estrangeiros” impõe obrigações administrativas rígidas e tem graves conotações para aqueles que são incluídos. A inclusão dessas duas entidades mostra como o governo russo está disposto a reprimir qualquer tipo de dissidência em relação às suas políticas e ações.
O movimento “Put domoï” ganhou destaque ao organizar pequenas manifestações protagonizadas por mulheres que clamavam pelo retorno de seus maridos que estavam na frente de batalha na Ucrânia. A ação dessas mulheres, que buscavam apenas reaver seus entes queridos, foi interpretada como uma afronta ao governo russo, que não tolera nenhum tipo de contestação.
A inclusão da ex-candidata presidencial na lista de “agentes estrangeiros” também chama a atenção para a postura do governo em relação à oposição política. Ao punir aqueles que buscam o fim do conflito na Ucrânia, o Kremlin reforça uma postura autoritária e repressiva, mostrando que não há espaço para divergências de opinião no país.
Em um cenário onde a liberdade de expressão é constantemente cerceada, a ação do governo russo em catalogar organizações e indivíduos como “agentes estrangeiros” deixa claro que a democracia e os direitos humanos estão longe de serem uma prioridade. A repressão a vozes críticas apenas reforça o caráter autoritário do governo de Vladimir Putin.