O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a criação de um novo distrito militar no noroeste do país, que se denominará “Leningrado”. A notícia foi dada após a Finlândia fechar novamente toda sua fronteira com a Rússia, acusando Moscou de organizar uma crise migratória devido ao aumento na chegada de migrantes em situação ilegal.
A medida russa está sendo interpretada como uma resposta à adesão da Finlândia à Otan, uma aliança liderada pelos Estados Unidos. A tensão entre os dois países tem aumentado nos últimos dias, com acusações mútuas e movimentações geopolíticas.
Putin, por sua vez, afirmou que a Rússia “não tem interesse, nem geopolítico, nem econômico, nem militar” em lutar contra os países que integram a Otan. No entanto, as declarações do presidente russo são interpretadas como uma tentativa de acalmar os ânimos, enquanto a situação na fronteira com a Finlândia e a ofensiva militar na Ucrânia geram preocupações na comunidade internacional.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou esta semana que Putin “não vai parar” na Ucrânia, caso a ofensiva russa tenha sucesso. Esta declaração levantou ainda mais preocupações sobre os próximos passos da Rússia na região, especialmente para os países do flanco oriental da Otan.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, também se pronunciou ao afirmar que, se Putin vencer na Ucrânia, “há um risco real de que sua agressão não termine aí”. As palavras do representante da aliança militar ressaltam a preocupação com o avanço das ações russas na região.
Neste contexto, a criação do novo distrito militar no noroeste da Rússia é vista como mais um elemento de tensão entre o país e seus vizinhos, especialmente aqueles que são membros da Otan. A situação geopolítica na região permanece incerta e continua a exigir atenção e monitoramento por parte da comunidade internacional.
