Segundo relatos, Lessa afirmou ter sido influenciado pela promessa de ficar milionário com a exploração de uma área na zona oeste, recompensa oferecida pelos mandantes do crime. Ele admitiu ter assumido o risco de matar Anderson em razão da demora em conseguir uma oportunidade para executar o crime, apesar de ter focado seu objetivo na vereadora Marielle.
Durante o interrogatório, Lessa mencionou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como os mandantes do crime, alegando que a morte da vereadora seria para impedir que ela prejudicasse os interesses da família em práticas de grilagem de terras. Os Brazão são réus em uma ação penal no STF e negam sua participação no crime.
A ministra Anielle Franco, irmã de Marielle, juntamente com a viúva Mônica Benício e a filha Luyara Franco, estavam presentes durante o pedido de perdão de Lessa. A reação das familiares foi de incredulidade diante das desculpas do ex-policial, enquanto o presidente da Embratur Marcelo Freixo, antigo chefe de Marielle, assistiu à cena com lágrimas nos olhos.
Apesar do tom emocional do julgamento, Lessa afirmou não ser um matador de aluguel e negou qualquer participação em crimes anteriores. A família de Marielle se manteve discreta durante o depoimento do ex-policial, mas demonstrou desagrado com detalhes revelados sobre o caso.
O dia do julgamento foi marcado por emoções à flor da pele, com Luyara Franco se retirando da plateia e chorando durante um intervalo forçado por problemas de conexão. A filha da vereadora expressou a esperança de que a sentença seja definida o mais rápido possível para que a justiça seja feita. A família de Marielle se emocionou ainda mais quando Lessa detalhou o assassinato durante o depoimento.
Este caso chocante continua a surpreender a sociedade e a justiça, revelando novos detalhes sobre os motivos por trás do brutal assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. A busca pela verdade e pela justiça segue em meio a um cenário de dor e revolta para aqueles que foram afetados por esse crime hediondo.