Iggnácio, que era casado com Carmem Lúcia, filha de Castor de Andrade, foi alvejado por tiros de fuzil HK-47 enquanto se dirigia ao seu veículo, após desembarcar de um helicóptero que o trazia de uma viagem a Angra dos Reis. O crime chocou a população e agora, a justiça busca esclarecer os detalhes dessa trama que envolve disputas pelo controle do jogo do bicho e de máquinas caça-níqueis na zona oeste da cidade.
Além de Rogério de Andrade, Gilmar Eneas Lisboa também foi preso na operação. Segundo o Ministério Público, Lisboa teria auxiliado Andrade no monitoramento de Iggnácio, contribuindo para a execução do crime. Ambos foram denunciados por homicídio qualificado e até o momento, não houve manifestações da defesa dos acusados.
A disputa na família Andrade sempre foi marcada por violência e mortes. Desde o assassinato de Paulo de Andrade, conhecido como Paulinho, em 1998, as brigas pelo controle dos negócios ilícitos tem gerado um rastro de sangue. Em depoimento, um ex-policial militar apontou Rogério de Andrade como o mandante do homicídio de Paulinho, o que demonstra a longa rivalidade que existia entre os envolvidos.
Diante dos desdobramentos recentes, as autoridades seguem empenhadas em esclarecer todas as circunstâncias que levaram à morte de Fernando de Miranda Iggnácio e a possível participação de Rogério de Andrade nesse trágico episódio. A população aguarda por justiça e respostas que possam trazer algum alívio a uma história repleta de intrigas e crimes.