O cenário de gravidade começa a se intensificar na região de Ribeirão Preto, onde as aulas nas escolas municipais foram suspensas devido à fuligem acumulada das queimadas nos últimos dias. A situação de emergência se estenderá até a área da cidade de Campinas, ficando a menos de 80 quilômetros do norte e oeste da Região Metropolitana de São Paulo.
Essa deterioração das condições climáticas levou à criação de um gabinete de crise estadual, com o objetivo de coordenar mais de 7 mil trabalhadores, entre bombeiros, membros das Forças Armadas e civis. A mobilização conta com três helicópteros da Polícia Militar, uma aeronave KC-390, dois helicópteros da Força Aérea Brasileira, drones e equipamentos disponibilizados pela iniciativa privada.
Apesar dos esforços, não há focos ativos de incêndio no estado no momento. No entanto, as queimadas já deixaram um saldo de 66 feridos nos municípios de Ribeirão Preto e Barretos, além de duas fatalidades: dois brigadistas perderam a vida em um acidente com caminhão durante o combate às chamas na Usina Santa Isabel, em Urupês.
A Polícia Militar também tem atuado para coibir a ação criminosa de provocar incêndios. Três prisões foram realizadas recentemente, incluindo a detenção de um idoso de 76 anos em São José do Rio Preto, um homem de 42 anos em Batatais e outro homem de 26 anos em Guaraci, na região de Barretos. Além disso, foram aplicadas multas em Porto Ferreira por incêndio para limpeza de vegetação em Área de Preservação Permanente.
A situação é alarmante e requer a colaboração de todos os cidadãos para evitar novas ocorrências e proteger o meio ambiente. A conscientização e o respeito às leis ambientais são fundamentais para preservar as florestas e prevenir tragédias como as que estão sendo enfrentadas no estado de São Paulo.