O processo de restauração dos objetos danificados revelou a dificuldade de recuperar peças de valor histórico e artístico. Muitas delas tiveram partes perdidas, e a decisão de como restaurar e completar as obras foi crucial. Alguns restauradores optaram por recompor as partes perdidas de forma fiel, enquanto em outros casos as “cicatrizes” foram evidenciadas como parte da história e do momento histórico em que foram danificadas.
Além do ovo de avestruz, um vaso de porcelana doado pela Hungria em 2008 também será devolvido com pedaços a menos. A restauração dos itens danificados na Câmara dos Deputados, incluindo pinturas, estátuas e vitrais, pode custar R$ 1,4 milhão aos cofres públicos.
Porém, nem todos os objetos danificados puderam ser recuperados. Uma pérola com a concha de ouro presenteada pelo Catar ao ex-presidente Rodrigo Maia em 2019 continua desaparecida, assim como a maquete tátil do Congresso Nacional que também aguarda restauração.
O Senado também enfrenta desafios na restauração de objetos danificados. A restauração da pintura a óleo do século 19 que representa o “Ato de Assinatura da Primeira Constituição” está orçada em R$ 800 mil, e a recuperação de uma tapeçaria de Burle Marx, que foi danificada durante a invasão, custou R$ 250 mil.
A restauração desses objetos vai além do valor financeiro, representando um esforço para preservar a história, cultura e arte presentes no acervo do Congresso Nacional. A devolução e restauração dessas obras marcam um esforço coletivo para manter viva a história e a memória cultural do país.