Restabelecimento de sistema de cotas em Bangladesh desencadeia protestos e repressão, com Internet suspensa e toque de recolher imposto.

O governo da primeira-ministra Sheikh Hasina, em Bangladesh, causou polêmica ao abolir o sistema de cotas em 2018, que reservava 56% dos empregos para grupos como famílias de combatentes da liberdade, mulheres e pessoas de distritos subdesenvolvidos. No entanto, recentemente, o tribunal de primeira instância decidiu restabelecer o sistema, o que gerou protestos e uma repressão por parte das autoridades.

Os confrontos e protestos violentos não são novidade no país, já que antes das eleições nacionais de janeiro, opositores de Hasina já se manifestavam contra o que consideravam ser um regime autoritário. Além disso, trabalhadores do setor de vestuário também protestavam por salários melhores, em meio a uma alta inflação.

A situação se agravou com a suspensão dos serviços de Internet e mensagens de texto em Bangladesh, após as forças de segurança reprimirem os protestos e imporem um toque de recolher. Enquanto a população aguarda pela restauração dos serviços de comunicação, protestos continuam a acontecer, com manifestantes exigindo a libertação de líderes estudantis detidos.

As ruas da capital, Daca, estão patrulhadas por soldados devido ao toque de recolher decretado pelo governo. Relatos da mídia local mencionam confrontos entre manifestantes e forças de segurança, resultando em pelo menos 139 mortes, de acordo com dados de hospitais.

A atual situação em Bangladesh reflete a tensão existente no país e a luta por direitos e liberdades fundamentais. Enquanto o governo e os manifestantes continuam em conflito, a população aguarda por uma resolução pacífica e o restabelecimento da ordem e da democracia.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo