Resolução do Conanda proíbe o uso de armas letais e menos letais em unidades socioeducativas para adolescentes e jovens infratores

Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) publicou a Resolução 252, que estabelece medidas para garantir a segurança e a integridade de adolescentes e jovens em unidades socioeducativas. A resolução proíbe o uso de armas letais e menos letais contra esses jovens, priorizando métodos pacíficos de resolução de conflitos.

De acordo com a Resolução, a utilização de armas letais e menos letais em unidades socioeducativas é proibida, com o objetivo de evitar a violência e combater situações de tortura e tratamento degradante. A medida visa proteger integralmente os jovens em situação de internação ou semiliberdade, garantindo também a segurança de funcionários, familiares e visitantes desses locais.

As gestões federal, estaduais e distrital terão um prazo de 18 meses para se adequarem às diretrizes estabelecidas na resolução, que visa prevenir a violência e garantir um ambiente seguro e respeitoso para os jovens infratores.

Diferentemente do Projeto de Lei aprovado pela CCJ do Senado, que permite o porte de arma de fogo por agentes de segurança socioeducativos e oficiais de justiça, a Resolução do Conanda sugere o uso de armamentos menos letais em caso de necessidade de imobilização temporária. Dispositivos elétricos incapacitantes, balas de borracha, sprays irritantes, granadas de efeito moral e cassetetes são alguns dos equipamentos sugeridos.

Além disso, a Resolução estabelece princípios que devem ser seguidos por todos os profissionais socioeducadores, garantindo um atendimento humanizado e respeitoso, considerando as especificidades individuais de cada jovem. Os profissionais devem adotar trajes civis que os identifiquem como trabalhadores da instituição, preservando o caráter socioeducativo das unidades.

A Resolução também traz diretrizes para o funcionamento das unidades socioeducativas, como a elaboração de fluxos de acolhimento e recepção de adolescentes, a manutenção de um plano de prevenção e combate a incêndios, e a comunicação constante com o corpo de bombeiros local.

Em suma, a Resolução 252 do Conanda busca garantir um ambiente seguro, respeitoso e acolhedor para os jovens em situação de privação e restrição de liberdade, promovendo a proteção integral desses adolescentes e jovens infratores.

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