O major Fagner Souza, coordenador da operação, afirmou que a equipe se dirigiu ao local e confirmou a veracidade dos fatos. O responsável pelo centro, que se identificou como pastor Omar Bernardo da Costa, recebeu os policiais e a inspeção logo constatou a situação insalubre e os maus-tratos enfrentados pelos internos, todos dependentes químicos.
Além da falta de alimentação e da má qualidade da comida fornecida, os internos eram proibidos de sair do local e sofriam castigos corporais, como surras. O pastor os submetia a trabalhos sem remuneração, sob vigilância de três homens que agiam como vigias. A situação foi descrita pelo coordenador da Operação Segurança Presente como análoga à escravidão.
Após a inspeção, foi confirmado que o Projeto Decav não possuía autorização para funcionar como uma instituição de tratamento para dependentes químicos. O local foi periciado e interditado, enquanto o pastor e os três vigias foram detidos por cárcere privado.
A Delegacia de Assistência Social da Prefeitura de Nova Iguaçu foi acionada e o Ministério Público está investigando o caso. Os internos foram encaminhados para abrigos da prefeitura para receber um tratamento digno. O major Fagner ressaltou a importância de garantir que esses homens tenham acesso a um ambiente seguro e humanizado para sua recuperação, e alguns deles puderam retornar para suas famílias após o resgate.