O Brasil, atual presidente do G20, celebrou o consenso em torno da declaração como uma conquista significativa. A bioeconomia visa desenvolver produtos, processos e serviços mais sustentáveis, fundamentados em recursos biológicos, com o objetivo de contribuir para a transição ecológica para uma economia global mais inclusiva e sustentável. Uma das principais discussões relacionadas ao tema é a substituição de matérias-primas de origem fóssil por alternativas menos poluentes.
Pela primeira vez, o tema da bioeconomia é objeto de um documento multilateralmente acordado, refletindo o comprometimento dos países do G20 com a promoção de esforços para erradicar a fome e a pobreza, incluir povos indígenas e comunidades locais, mitigar os impactos das mudanças climáticas globais e promover padrões de consumo e produção sustentáveis.
A declaração, intitulada “Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia”, inclui também o uso de metodologias transparentes para avaliar a sustentabilidade das cadeias de valor e o estímulo à inovação por meio da cooperação internacional, entre outros aspectos relevantes. A íntegra do documento está disponível para consulta pública.
A criação da GIB representa uma das novidades apresentadas pela presidência do Brasil no G20, com o intuito de estimular o compartilhamento de experiências bem-sucedidas entre os países sobre questões relacionadas à bioeconomia. O G20, composto pelas 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, é um importante fórum global de diálogo e coordenação sobre temas econômicos, sociais e de cooperação internacional.
Além disso, destaca-se a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, na 4ª reunião da GIB, onde foram abordados temas como as economias florestais, o uso estratégico da biodiversidade e a biotecnologia. A presidência do G20 será transferida para a África do Sul no final do ano, após a realização da Cúpula do G20 no Rio de Janeiro.