Carlos Macedo, outro fotojornalista gaúcho, também teve sua parcela de dificuldades durante a cobertura. Imersivo e sensível, ele se emocionou diariamente ao ouvir as histórias das pessoas afetadas pelas enchentes. A logística para chegar às áreas atingidas também representou um desafio para os profissionais, com estradas bloqueadas e o risco de ficarem ilhados.
Em um momento marcante, Macedo testemunhou o desespero de um empresário que teve seu negócio destruído pela enchente. A emoção foi tanta que o fotógrafo precisou deixar sua câmera de lado e abraçar o homem antes de registrar a situação. Bruno Santos, repórter-fotográfico da Folha, também enfatizou a magnitude da tragédia, que afetou praticamente todo o estado do Rio Grande do Sul.
A jornalista Amanda Perobelli, da Reuters, destacou as dificuldades de deslocamento nas áreas alagadas, que transformaram trajetos de 20 minutos em jornadas de duas horas. Já Nelson Almeida, da AFP, precisou avançar por terrenos alagados a pé, vestindo um macacão de borracha para se proteger da contaminação.
Para capturar imagens áreas inacessíveis, os fotógrafos recorreram ao uso de drones. Pedro Ladeira, da Folha, enfrentou obstáculos devido às condições climáticas adversas, que muitas vezes inviabilizaram os sobrevoos. Mesmo com todos esses desafios, os profissionais persistiram para documentar com precisão a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul.