Renegociação das dívidas dos Estados gera debate sobre equilíbrio entre beneficiados e negligentes.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), demonstrou durante o XIII Congresso do Conselho Nacional de Secretários de Administração (Consad), em Brasília, sua visão positiva em relação às negociações sobre as dívidas dos Estados. No entanto, ele ressaltou que há um “certo desequilíbrio” devido aos supostos benefícios concedidos a quem “não fez o dever de casa”.

Em uma conversa com jornalistas, Casagrande enfatizou que a atual situação está favorecendo mais aqueles Estados que não cumpriram com suas responsabilidades em relação às dívidas, em detrimento dos que agiram de forma mais responsável. Apesar disso, o governador se colocou solidário em colaborar com os Estados que enfrentam dificuldades financeiras, mesmo que o Espírito Santo não esteja diretamente envolvido nas renegociações devido à sua situação de dívida negativa.

O projeto de lei aprovado pelo Senado, o qual visa estabelecer novas regras para que os Estados possam quitar suas dívidas com a União, é parte fundamental dessas negociações. Agora, o texto segue para apreciação da Câmara dos Deputados, onde poderá passar por novas alterações.

De acordo com dados apresentados, as dívidas dos Estados somam um montante significativo de R$ 765 bilhões, sendo que a maior parte está concentrada em Estados como Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A atenção e o empenho das autoridades públicas e dos órgãos competentes serão essenciais para garantir a sustentabilidade financeira dessas unidades da federação.

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