Baseado nos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo apontou que os trabalhadores por conta própria, empregados sem carteira e do setor público tiveram um crescimento interanual da renda acima de 7% no segundo trimestre de 2024, com taxas de 7%, 7,9% e 7,4%, respectivamente. No entanto, os trabalhadores privados com carteira registraram um crescimento de 4,4%, mantendo taxas mais lentas desde o início de 2023.
Analisando os aumentos na renda por região, idade e nível de escolaridade, observou-se que os maiores crescimentos foram observados no Nordeste (8,5%), entre trabalhadores acima de 60 anos (8,8%) e com ensino superior (5,7%). Em contrapartida, trabalhadores com escolaridade inferior apresentaram um aumento mais modesto na renda (1,1%). As mulheres, que historicamente têm rendimentos inferiores aos dos homens, viram um desempenho superior em 2023, porém no segundo trimestre de 2024, o crescimento da renda foi maior entre os homens (6,2% para homens e 5,2% para mulheres).
Olhando para os setores econômicos, observou-se que construção, agricultura e serviços profissionais tiveram um desempenho menos favorável, com queda interanual de 1%, enquanto os trabalhadores da indústria e da administração pública tiveram crescimento superior a 8%. Esses dados mostram a diversidade de cenários no mercado de trabalho brasileiro e destacam a importância de políticas que promovam a igualdade de oportunidades e de renda para todos os trabalhadores.