Em entrevista, Valença explicou como funcionará o comitê gestor do novo tributo, que substituirá o ICMS e o ISS nos estados e municípios. O órgão será composto por 27 representantes dos estados e 27 representantes dos municípios e terá a função de ditar o regulamento do IBS, além de estabelecer as diretrizes para fiscalização, arrecadação e tributação. Valença ressaltou a importância do comitê gestor, considerando-a essencial para o funcionamento adequado do novo sistema tributário.
No entanto, o presidente da Fenafisco expressou preocupação em relação ao relatório apresentado, destacando a questão do julgamento pelo próprio contribuinte como um ponto crítico. Ele também alertou para a tentativa de outras categorias, como as procuradorias, de se envolverem na administração do IBS, o que, na visão de Valença, não seria adequado devido a possíveis conflitos de interesse.
Outro ponto abordado durante a entrevista foi a taxação de heranças e previdências privadas, incluída no relatório do projeto. Valença questionou a justiça dessa taxação, especialmente em relação aos fundos de previdência fechados, e defendeu tratamento igualitário entre os diferentes tipos de fundos. Além disso, ele expressou ceticismo em relação à aprovação da parte da reforma tributária que trata da renda e do patrimônio nesta legislatura, considerando o cenário político atual.
Em meio a debates e críticas, a reforma tributária segue em pauta no cenário político brasileiro, com diferentes opiniões e interesses em jogo. A busca por um sistema tributário mais eficiente e justo continua sendo um desafio a ser enfrentado no país.