Essa decisão marca um marco importante na transição energética do Reino Unido, que desde 2015 vem adotando medidas para fechar usinas a carvão e reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa. Naquele ano, quase 30% da eletricidade britânica ainda vinha do carvão, mas em 2022 esse número já havia caído para pouco mais de 1%.
Agora, o foco do país é descarbonizar completamente o setor de eletricidade até 2030, o que exigirá um aumento expressivo na geração de energia renovável, como eólica e solar. Essa transição não apenas contribuirá para a redução das emissões de gases poluentes, mas também abrirá espaço para a criação de novos empregos na área de energia limpa.
Julia Skorupska, chefe do secretariado da Aliança Powering Past Coal, elogiou a ação do Reino Unido, destacando o compromisso em eliminar a energia a carvão em uma velocidade sem precedentes. O país, que tem como meta atingir emissões líquidas zero até 2050, está liderando o caminho na luta contra as mudanças climáticas.
No entanto, mesmo com esses avanços, há muito trabalho a ser feito em nível global. Outros países do G7, como Japão, EUA e Alemanha, ainda são fortemente dependentes do carvão, representando mais de 25% da eletricidade na Alemanha e mais de 30% no Japão. O consumo de carvão mundial atingiu um recorde em 2023, destacando a urgência de acelerar a transição para fontes de energia mais limpas.
Nesse contexto, a decisão do Reino Unido de fechar a usina Ratcliffe-on-Soar é um exemplo inspirador para outros países, mostrando que é possível construir um futuro mais sustentável e livre de carvão. A transição energética é fundamental para combater as mudanças climáticas e garantir um planeta saudável para as futuras gerações.