A ministra Cármen Lúcia, por sua vez, endossou as palavras de Moraes e acrescentou que a falta de punição para os abusos cometidos por meio da IA e das redes sociais pode minar as bases das democracias modernas. Segundo a ministra, é fundamental que haja mecanismos eficazes para coibir práticas ilegais e garantir a transparência e a legitimidade das eleições.
A preocupação manifestada pelos membros do TSE não é infundada. Nos últimos anos, tem se tornado cada vez mais evidente o papel desempenhado pelas redes sociais na disseminação de informações falsas e na manipulação do debate público. Através de algoritmos sofisticados, é possível direcionar mensagens específicas para determinados grupos de eleitores, criando bolhas de opinião e distorcendo a percepção da realidade.
Diante desse cenário, a atuação do TSE se torna ainda mais relevante. Cabe ao tribunal, em conjunto com outros órgãos reguladores, estabelecer diretrizes claras para o uso da IA e das redes sociais durante os períodos eleitorais, a fim de garantir a lisura do processo democrático e proteger a integridade das instituições. A conscientização da sociedade sobre os riscos envolvidos no uso indiscriminado dessas tecnologias também se mostra essencial para fortalecer a democracia e preservar a confiança dos cidadãos no sistema eleitoral.