Treze anos após a tragédia de 2011, as cidades ainda enfrentam desafios significativos. Em 2022, Nova Friburgo foi duramente atingida por outra chuva intensa, que causou a morte de 235 pessoas, evidenciando a fragilidade das regiões serranas diante de eventos climáticos extremos. Ações de prevenção e capacitação das defesas civis foram implementadas, incluindo a criação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). No entanto, obras de contenção de encostas e realocação de famílias em áreas de risco ainda não foram concluídas, tornando as comunidades vulneráveis em caso de novos desastres.
O prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, destaca a importância da realocação de famílias em áreas de risco e a necessidade de investimentos em infraestrutura para prevenir novas tragédias. Ele ressalta a dificuldade de obter recursos do governo e a importância de ações locais para garantir a segurança das comunidades. A resistência de algumas famílias em deixarem imóveis construídos em locais vulneráveis é um dos principais obstáculos enfrentados pelas autoridades locais.
O secretário da Defesa Civil de Teresópolis, coronel Albert Andrade, destaca a falta de recursos para investimentos em prevenção e a resistência das famílias em deixarem as áreas de risco como os principais desafios enfrentados pelo município. A utilização de tecnologias, como ferramentas de inteligência artificial para prever áreas mais afetadas pelas chuvas, vem sendo adotada como medida preventiva.
Especialistas alertam para a importância de investir em ações preventivas e de comunicação eficaz para minimizar os impactos de desastres naturais. A geografia da região serrana aponta para a vulnerabilidade das populações diante de fenômenos naturais, exigindo uma maior atenção das autoridades e ações concretas para proteger as comunidades. A lição que deve ser aprendida é que a prevenção é mais eficaz e econômica do que remediar as consequências de tragédias como a ocorrida em 2011.
