O desânimo é evidenciado por professores renomados, como Mônica Nariño, da UFRGS, que apontam para os reveses enfrentados pelo ensino do Espanhol nos últimos anos. A revogação da Lei do Espanhol em 2017, durante o governo Temer, foi um dos golpes, seguido pela exclusão da obrigatoriedade do Espanhol na reforma do ensino médio em 2023. Recentemente, a Câmara dos Deputados retirou a obrigatoriedade do Espanhol do projeto de reforma do ensino médio em um acordo com o governo.
A discussão sobre a obrigatoriedade do Espanhol gerou um embate diplomático em Brasília, com embaixadas de países europeus e latino-americanos interferindo na decisão dos deputados. Enquanto isso, os professores do movimento Fica Espanhol lutam pela reintrodução do Espanhol como matéria obrigatória, argumentando que a língua é importante para a integração regional e o estreitamento de laços com países vizinhos.
A história do ensino do Espanhol no Brasil remonta ao século XIX, com iniciativas que visavam fortalecer os laços com países latino-americanos. A legislação passada e as mudanças ao longo dos anos refletem a importância atribuída ao ensino de línguas estrangeiras no país. Atualmente, um novo projeto de lei em tramitação na Câmara busca restabelecer a obrigatoriedade do Espanhol no ensino médio, trazendo à tona a importância do debate sobre o papel das línguas estrangeiras na formação educacional dos brasileiros.