Refinaria Abreu e Lima: Uma Década Marcada por Promessas Não Cumpridas e Problemas Ambientais Aguarda Solução

A refinaria Abreu e Lima, localizada em Ipojuca (PE), completará em breve uma década de existência marcada por problemas ambientais e judicialização. Desde o início, a refinaria tem sido alvo de reclamações dos moradores vizinhos devido à emissão de gases poluentes. Esses moradores questionam o modelo de monitoramento da qualidade do ar na região e cobram da Petrobras a instalação das unidades de abatimento de emissões chamadas SNOx, prometidas há anos, mas que ainda não saíram do papel.

A primeira unidade SNOx deveria ter sido inaugurada em conjunto com o trem 1 da refinaria em 2014, porém, continuou adiada várias vezes. A Petrobras agora promete entregar a unidade no final deste ano, enquanto o trem 2 está programado para 2028. O histórico da refinaria é marcado por atrasos, paralisações e problemas de corrupção, que foram expostos durante a Operação Lava Jato.

O valor do projeto da refinaria Abreu e Lima ultrapassou significativamente as estimativas iniciais, segundo o Tribunal de Contas da União. Apesar das controvérsias, a Petrobras afirma que a refinaria opera conforme a legislação vigente e atende aos parâmetros de emissões atmosféricas determinados na licença de operação, destacando que a instalação das unidades SNOx melhorará o desempenho ambiental da refinaria.

Os moradores das áreas próximas à refinaria relatam problemas de saúde, como náuseas, dores de cabeça e problemas respiratórios, associados às emissões de poluentes. Alguns casos graves, como abortos e internações em UTI, foram atribuídos à poluição da refinaria. Apesar das reclamações e ações judiciais dos moradores, a Petrobras e a CPRH, agência ambiental do Estado de Pernambuco, têm sido criticadas pela falta de medidas efetivas para resolver os problemas ambientais causados pela refinaria.

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