Com apenas 12% das urnas apuradas, o “sim” estava na frente em 9 das 11 perguntas, mostrando um possível apoio massivo às mudanças na Constituição e no Código Penal. A população, que enfrenta altos índices de homicídios nos últimos anos, parece ter optado por dar um protagonismo inédito às Forças Armadas no combate às drogas e na garantia de segurança.
Essas propostas visam tornar mais eficaz o combate ao crime organizado, permitindo a participação das Forças Armadas em ações contra gangues e facilitando a extradição de cidadãos. Embora a presença militar já seja ativa no Equador, o referendo busca simplificar os processos para envolver os militares e tornar as ações mais rápidas e eficazes.
O clima de segurança e tranquilidade foi mencionado pela presidente do CNE, Diana Atamaint, durante a votação. No entanto, um caso de violência chamou a atenção, com o diretor penitenciário Damián Parrales sendo morto a tiros no decorrer do pleito. Esse episódio destaca a urgência de medidas para combater a violência que assola o país.
O referendo também levantou questões polêmicas, como a possibilidade de contratação de trabalhadores por hora, criticada pela oposição. Alguns eleitores enxergam a consulta como uma oportunidade de favorecer os ricos e empresas internacionais, sem resolver rapidamente a crise de segurança.
Com um país que sofre com altos índices de violência e enfrenta uma crise elétrica sem precedentes, as autoridades equatorianas buscam soluções para recuperar a paz e a estabilidade. A aprovação das propostas do referendo pode ser um primeiro passo para enfrentar os desafios que o Equador enfrenta atualmente.