Segundo informações adiantadas pela Folha, as negociações sofreram um retrocesso em comparação com o último rascunho do nível técnico das negociações, publicado na sexta-feira (9). Diversas opções sobre o abandono gradual dos combustíveis fósseis refletiam apenas as posições dos países a favor da medida.
Nações como Arábia Saudita, Estados Unidos e Índia, que possuem reservas à proposta, somente começaram a se posicionar em consultas informais ao longo do final de semana. O rascunho apresentado nesta segunda-feira convoca os países a agir para a redução das emissões de gases-estufa e apresenta oito itens de ações ligadas à transição energética.
Entretanto, a linguagem utilizada no enunciado sugere que as ações são apenas listadas como sugestões a serem escolhidas pelos países, o que pode complicar a definição de metas claras e obrigatórias. Dentre as ações propostas estão a triplicação de energias renováveis, a duplicação da eficiência energética, a redução do uso de carvão com emissões não compensadas e a eliminação de subsídios ineficientes para combustíveis fósseis.
A ministra do Meio Ambiente e da Mudança Climática, Marina Silva, destacou a importância de incluir o desafio dos combustíveis fósseis no texto e a necessidade de criar um caminho para acelerar a transição para energias renováveis e desacelerar os combustíveis fósseis. Ela também ressaltou que o Brasil poderá conduzir a continuação desse trabalho ao assumir a presidência da COP30, em 2025.
A COP28 continuará sendo acompanhada de perto, uma vez que as decisões e acordos firmados durante esta conferência terão impactos significativos no futuro das ações de combate às mudanças climáticas e na transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis.