De acordo com a administradora da via, ViaMobilidade, mais de 40 ônibus da operação Paese foram acionados para atender o trecho afetado. Enquanto isso, no restante da linha, os intervalos são de cerca de dez minutos, mas mais cedo houve situações de trens parados por mais de 20 minutos entre estações, com problemas no ar-condicionado e falta de energia.
Em um dos carros, por exemplo, a situação foi ainda mais problemática, com o veículo ficando inoperante por mais de meia hora entre as estações Granja Julieta e Morumbi, com as luzes apagadas e sem refrigeração, gerando mal-estar nos passageiros e aumentando a sensação de desconforto. Além disso, a aglomeração de pessoas nos vagões causou brigas entre os usuários, tornando a situação ainda mais desagradável.
Esse não é um problema isolado, visto que o Ministério Público de São Paulo e a ViaMobilidade firmaram um acordo em novembro, no valor de R$ 786 milhões, para impedir processos contra a empresa devido às recorrentes falhas nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda dos trens. Entre as obrigações assumidas pela concessionária estão a construção de escolas, um complexo esportivo e melhorias nas estações.
A Promotoria ressalta que houve oito problemas desde março do ano passado, incluindo seis descarrilamentos e uma colisão na estação Júlio Prestes. Além disso, no primeiro ano de operação das linhas após a concessão, foi registrada uma média de uma falha a cada três dias, totalizando 166 registros entre janeiro de 2022 e janeiro deste ano.
Portanto, a situação na linha 9-Esmeralda do trem de São Paulo continua a causar transtornos frequentes aos usuários, levantando questionamentos sobre a qualidade do serviço prestado pela concessionária responsável e evidenciando a necessidade de medidas para aprimorar a infraestrutura e a operação do transporte público na cidade.
