“Portanto, não se trata apenas de permitir que o regime ucraniano ataque a Rússia com essas armas. É uma questão de decidir se os países da Otan estão dispostos a se envolver diretamente em um conflito militar”, declarou Putin em uma entrevista à televisão estatal russa.
O presidente russo destacou que a adoção dessa medida representaria o envolvimento direto dos países membros da Otan, dos Estados Unidos e de nações europeias no conflito na Ucrânia. Isso, segundo ele, mudaria drasticamente a natureza do confronto e forçaria a Rússia a tomar “decisões apropriadas” diante das novas ameaças.
Embora não tenha entrado em detalhes sobre quais medidas seriam adotadas, Putin já insinuou anteriormente a possibilidade de fornecer armamentos russos a inimigos do ocidente e implantar mísseis convencionais próximos aos EUA e seus aliados europeus.
Considerada a maior potência nuclear do mundo, a Rússia está revisando sua doutrina nuclear e Putin está sob pressão de aliados linha-dura para declarar a disposição do país em utilizar armas nucleares contra países que “apoiam a agressão da Otan na Ucrânia”.
Diante deste cenário tenso, a comunidade internacional observa com apreensão as declarações e movimentações do líder russo, temendo o agravamento do conflito na região e uma possível escalada militar de proporções catastróficas. Putin, por sua vez, reitera a vontade da Rússia de proteger seus interesses estratégicos e territoriais a qualquer custo.






