Para Padilha, o PT precisa fazer uma reflexão sobre como retomar o protagonismo político, principalmente em grandes e médias cidades. Ele destacou que, até as eleições de 2016, o partido conseguia manter uma média elevada de prefeituras, alcançando mais de 600 municípios em 2012. No entanto, após o impeachment de Dilma Rousseff e a Operação Lava Jato, o partido sofreu um declínio, chegando a apenas 182 prefeitos em 2020. Em 2024, o PT recuperou parte do terreno perdido, alcançando 252 municípios, incluindo a capital Fortaleza (CE).
O ministro também ressaltou a dificuldade dos bolsonaristas em eleger suas lideranças nessas eleições. Nenhum ex-ministro de Bolsonaro obteve sucesso nas urnas, o que representa uma mudança em relação às eleições de 2022. Padilha frisou que alguns expoentes bolsonaristas, como Éder Mauro, Carlos Jordy e André Fernandes, foram derrotados por lideranças apoiadas pelo presidente Lula.
Apesar de não liderar em número de prefeitos eleitos, o PL foi o partido que acumulou mais votos para prefeito nos dois turnos, somando 19,9 milhões de eleitores. O PT ficou na sexta posição nesse ranking. Padilha acredita que o desempenho aquém do histórico do partido nas eleições municipais não terá impacto nas eleições gerais de 2026, destacando que a eleição municipal não determina o resultado do pleito presidencial.
Em suma, a entrevista de Alexandre Padilha revela a análise crítica do desempenho do PT nas eleições municipais de 2024 e ressalta as dificuldades enfrentadas pelo partido e pelos bolsonaristas no cenário político atual.