No ápice da artilharia, em maio, o PT publicou 20 textos atacando o presidente do BC, mesmo número registrado em março. No entanto, a partir de então, houve uma redução gradual na agressividade, com 19 textos em junho, 10 em julho e apenas 6 em agosto.
Um dos pontos mais ácidos da postura do PT em relação a Campos Neto foi quando o partido o classificou como “lacaio” e “capacho” do sistema financeiro, chegando inclusive a compará-lo aos golpistas de 8 de janeiro.
A trajetória de queda dos juros, que teve seu início recentemente, pode ter sido um dos fatores que contribuíram para a mudança de tom do PT em relação ao presidente do BC. A reunião entre Campos Neto e Lula pode ter amenizado as tensões entre as duas partes, levando o partido a adotar uma postura menos agressiva.
É importante ressaltar que as críticas do PT a Campos Neto não surgiram do nada. O partido vinha expressando preocupações sobre a condução da política monetária e a influência do sistema financeiro sobre o presidente do BC. Porém, nos últimos meses, essa postura vem se suavizando, indicando uma possibilidade de busca por um diálogo mais construtivo entre as partes.
É importante acompanhar como essa tendência se desenvolverá nos próximos meses. Será necessário observar se o PT manterá essa postura de menor confronto e se haverá avanços em relação ao diálogo com o Banco Central. O entendimento entre as duas partes é fundamental para a estabilidade e o desenvolvimento econômico do país.