Diferentemente de outros provedores, a Starlink, também do bilionário sul-africano Elon Musk e operada pela empresa Space X, ainda permite o acesso ao X. Empresários que revendem a Starlink na região Norte confirmaram que seus clientes continuam tendo acesso ao site mesmo após a ordem de suspensão.
O diretor de tecnologia da Sage Networks, Thiago Ayub, realizou testes e confirmou a disponibilidade do X para clientes da Starlink. Ele explicou que o bloqueio do acesso ao site pode ser feito pelas equipes técnicas da empresa por meio de equipamentos como roteadores de borda e servidores DNS.
Ayub ressaltou que, caso a Starlink decida descumprir a ordem judicial, as empresas fornecedoras de fibras óticas que atendem a Starlink no Brasil também podem realizar o bloqueio antes mesmo que o tráfego chegue aos equipamentos da Starlink. A Anatel afirmou que irá fiscalizar o cumprimento da ordem a partir de segunda-feira, tendo notificado os provedores de internet no país.
Segundo dados da Anatel, a Starlink possui pelo menos 215 mil pontos de acesso no Brasil, mas a empresa ainda não se pronunciou sobre a situação. Os clientes da Starlink têm relatado que conseguem acessar o X normalmente por meio da internet via satélite, enquanto a maioria dos provedores no país já bloquearam o acesso à rede social. A situação cria um impasse sobre o cumprimento ou não da ordem judicial em relação à Starlink.