Proteção a fabricantes de alto-falantes nacionais em risco: setor pede manutenção de política antidumping para evitar concorrência chinesa.

A proteção aos fabricantes nacionais de alto-falantes está prestes a expirar em vinte dias, deixando o setor em alerta e pedindo ao governo que reavalie a política antidumping em vigor há 17 anos. De acordo com representantes do setor, essa política permitiu que o Brasil se consolidasse como o terceiro maior produtor mundial de alto-falantes.

Daniel Neves, presidente da Anafima (Associação Nacional da Indústria da Música) compara a proteção aos fabricantes de alto-falantes com a “taxa das blusinhas”, que protege a indústria têxtil nacional da concorrência chinesa. Atualmente, 410 empresas integram essa cadeia produtiva, incluindo marcas conhecidas como JBL/Harman, ASK, Sonavox, Eros, Bomber e Natts. Juntas, essas empresas geram 8 mil empregos diretos e exportam cerca de R$ 1,2 bilhão em equipamentos musicais para toda a América Latina.

Diante do iminente vencimento da proteção antidumping, as empresas do setor têm enviado pedidos de prorrogação das barreiras à Secex (Secretaria de Comércio Exterior) do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços). No entanto, até o momento não há indicações de que essa política será mantida pelo governo.

A indústria de alto-falantes nacional enfrenta desafios e competição acirrada no mercado internacional, especialmente da China. A manutenção da política antidumping é vista como essencial para garantir a continuidade desses 17 anos de crescimento e consolidação do setor no cenário global.

O futuro do setor de fabricantes de alto-falantes no Brasil permanece incerto, enquanto aguardam a decisão do governo em relação à renovação da proteção antidumping. Enquanto isso, a Anafima e as empresas do ramo seguem mobilizadas em defesa dos interesses da indústria nacional de equipamentos musicais.

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