É alarmante saber que restaram apenas 20% da mata atlântica e que a Amazônia está próxima do ponto de não retorno devido à exploração desenfreada e muitas vezes criminosa de seus recursos naturais. Diante dessa realidade, surge a necessidade urgente de viabilizar soluções eficazes o mais rápido possível.
Nesse sentido, a Amazônia 2030, em parceria com o Instituto Igarapé e a BVRio, lançaram recentemente uma nota técnica propondo um Mecanismo para Florestas Tropicais (MFT) como uma maneira de financiar a conservação das florestas em pé. Essa contribuição prática visa tirar do papel e dos bolsos daqueles que mais contribuem para as mudanças climáticas os recursos necessários para financiar a natureza.
O MFT tem como objetivo acelerar o processo de captação e adesão a um modelo de financiamento inovador, atraindo recursos privados de setores intensivos em recursos naturais, como o de petróleo e gás, enquanto a transição para energias renováveis acontece. Estima-se que serão necessários US$ 36 bilhões anuais para promover o uso sustentável das florestas tropicais e protegê-las da destruição, com um incentivo de US$ 30 por hectare ao ano.
Esse mecanismo visa remunerar os países que conservam suas florestas em pé, incentivando a preservação e evitando o desmatamento. Além disso, ele pode colaborar na formação de um compromisso global, convocando empresas intensivas em recursos naturais a contribuir para essa causa urgente. A proteção da natureza é um dever de todos e a implementação de iniciativas como o MFT é essencial para garantir a sobrevivência das florestas tropicais e do planeta como um todo.
