Proposta de nova eleição na Venezuela gera polêmica e levanta questionamentos sobre soberania popular e regime ditatorial

Em meio à crise política e social na Venezuela, o exilado político Antonio Ledezma fez duras críticas às recentes eleições no país. Em uma entrevista exclusiva, Ledezma não poupou palavras para expressar sua indignação com o resultado do pleito, que reconduziu Nicolás Maduro ao poder com uma margem de mais de 30 pontos percentuais de vantagem.

Para Ledezma, a ideia de falar em um possível segundo turno é completamente descabida e injustificável. Ele ressaltou que a situação na Venezuela é incomparável com a eleição brasileira de 2022, na qual Luiz Inácio Lula da Silva superou Jair Bolsonaro por uma pequena margem. Segundo o ex-prefeito de Caracas, os 30 pontos de vantagem de Maduro não levam em consideração os 4 milhões de venezuelanos que não puderam exercer seu direito ao voto, o que ampliaria ainda mais a diferença de votos.

Além disso, as conclusões preliminares dos observadores da ONU apontaram uma série de irregularidades no processo eleitoral venezuelano, classificando a falta de transparência como “sem precedentes” na história recente das democracias.

Em meio a esse cenário conturbado, o assessor especial da presidência brasileira, Celso Amorim, sugeriu a Lula a convocação de uma nova eleição na Venezuela como forma de resolver o impasse. Essa proposta, acompanhada da retirada de sanções e da presença de observadores internacionais, poderia ser uma saída para a crise política no país.

Apesar da posição oficial do governo brasileiro de exigir a publicação das atas das eleições por parte de Maduro, fontes indicaram que a ideia de Amorim visava testar as reações dos principais atores na Venezuela e dos parceiros internacionais. A incerteza sobre os rumos políticos do país sul-americano permanece, enquanto a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos dessa crise.

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