O caso chamou a atenção da opinião pública devido à denúncia da mãe do único adolescente branco do grupo, Rhaiana Rondon. Ela acusa os policiais de terem agido de forma desproporcional, racial e criminosa durante a abordagem feita aos jovens. Um vídeo divulgado na época mostra os policiais chegando com armas em punho e colocando os adolescentes contra a parede, causando indignação na comunidade.
Segundo relatos de Rhaiana, os adolescentes estavam apenas acompanhando um amigo até a porta de sua casa, quando foram abordados de maneira abrupta pelos policiais armados com fuzis e pistolas. O grupo foi obrigado a encostar na parede para uma revista, com um dos policiais chegando ao extremo de obrigá-los a exibir as partes genitais. O promotor de Justiça Paulo Roberto Mello Cunha Júnior destaca em sua denúncia a violência e abuso de poder dos policiais durante a abordagem.
A 2ª Promotoria de Tutela Coletiva da Infância e Juventude da Capital e a 3ª Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude também estão envolvidas no caso, tendo ajuizado uma ação civil pública de produção antecipada de provas, que está sob sigilo. O processo visa investigar e apurar a conduta dos policiais envolvidos na abordagem dos adolescentes em Ipanema.
Este caso evidencia a importância do combate ao racismo e do respeito aos direitos individuais, especialmente quando se trata da abordagem de menores de idade pela polícia. A sociedade espera que a justiça seja feita e que casos como esse não se repitam, garantindo a segurança e o respeito de todos os cidadãos, independentemente de sua cor de pele.