A proposta, que será discutida pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado na próxima quarta-feira (16), já recebeu emendas de parlamentares bolsonaristas, como Marcos Rogério (PL-RO), Jorge Seif (PL-SC) e Alan Rick (União-AC). Essas emendas ampliam o alcance da medida, prevendo o porte de armas para membros do Congresso Nacional, advogados inscritos na OAB e oficiais de Justiça.
Contarato destaca que a inclusão de outras categorias no projeto é uma estratégia da direita e extrema direita, mas ressalta que o texto ainda pode passar por revisões na Câmara dos Deputados e ser vetado pelo presidente da República. Ele defende o direito dos agentes socioeducativos de terem acesso ao porte de armas, desde que seja utilizado de forma discreta e seguindo os trâmites legais.
Por outro lado, críticos como o Instituto Sou da Paz apontam que a proposta abre margem para um aumento do número de armas nas ruas, o que representa um risco para a segurança pública. A diretora-executiva do instituto, Carolina Ricardo, alerta para as possíveis consequências de ampliar o porte de armas para diferentes categorias profissionais, como advogados, e ressalta a importância de um debate sério sobre a segurança pública no país.
Diante das divergências, o projeto segue em discussão no Senado, com diferentes visões sobre a necessidade e os impactos da liberação do porte de armas para servidores de unidades socioeducativas. A decisão final sobre a proposta caberá aos parlamentares e autoridades responsáveis, levando em consideração as diferentes perspectivas e argumentos apresentados durante o debate.