Segundo o deputado Chico Alencar, do PSOL-RJ, é difícil reverter uma decisão partidária que está sendo julgada pelo Supremo Tribunal Federal. Ele ressaltou que está aberto a rediscutir o projeto e sua tramitação, desde que não haja trocas indevidas. Outros deputados ouvidos pela coluna afirmam que, antes da controvérsia, havia um acordo para reduzir o projeto apenas à proibição da assistolia fetal, sem equipará-lo ao homicídio.
O deputado Sóstenes defende que o projeto de lei inclua punições para os médicos que praticarem aborto, embora acredite que a mulher possa ser inocentada pelo juiz. Já a deputada Sâmia Bonfim, do PSOL, considera um acordo que limite o projeto à proibição da assistolia fetal como uma “armadilha” para a bancada feminina, já que as mulheres ficariam sem alternativas seguras para interromper a gestação em estágios avançados.
Diante desse cenário, a discussão em torno do projeto de lei segue acirrada no Congresso Nacional. Enquanto a bancada evangélica busca reafirmar suas posições, os demais parlamentares buscam encontrar um consenso que garanta o respeito aos direitos das mulheres e a saúde pública. O tema promete continuar gerando debates e divergências entre os parlamentares e a sociedade.