A suspensão da CCJ causou revolta entre os deputados favoráveis à anistia, que esperavam que o projeto fosse incluído na pauta como extrapauta. No entanto, para isso acontecer, seria necessário obter o voto da maioria absoluta da comissão, o que não ocorreu.
A presidente da CCJ, Caroline de Toni, lamentou a situação e afirmou que a anistia está sendo utilizada para barganhas políticas. O relator do projeto, deputado Rodrigo Valadares, também expressou sua frustração e acusou o governo e a esquerda de realizarem manobras para obstruir a votação do projeto.
A discussão do PL da anistia tem gerado polêmica, com deputados favoráveis condicionando seu apoio a qualquer candidato à Presidência da Câmara nas eleições de 2025 ao compromisso com a aprovação do projeto.
No dia 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília, pedindo um golpe militar no Brasil. Muitos envolvidos nesses atos foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8, que limita as decisões monocráticas dos ministros do STF, passou a ser discutida após o adiamento do projeto de anistia. O acordo entre governo e oposição estabeleceu que a votação da PEC 8 será realizada em uma próxima sessão.
Dessa forma, a discussão sobre a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e as medidas para limitar a ação do STF continuam sendo temas de debates acalorados no cenário político atual.