Repórter São Paulo – SP – Brasil

Projeção do IPCA para 2024 ultrapassa meta de inflação e aponta desafios para Roberto Campos Neto no Banco Central.

A inflação no Brasil continua sendo um tema de preocupação, especialmente para o Banco Central. De acordo com o mais recente relatório Focus, a mediana da previsão para o IPCA de 2024 subiu para 4,55%, ultrapassando o teto da meta estabelecida em 4,50%. Essa é a quarta semana consecutiva de aumento nas projeções, o que coloca o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em uma posição delicada.

Caso a estimativa se concretize, Campos Neto terá que redigir a terceira carta aberta explicando o descumprimento da meta de inflação. Vale ressaltar que seu mandato vai até o final de 2024, e a partir do próximo ano ele será substituído por Gabriel Galípolo, indicado por Luiz Inácio Lula da Silva e já aprovado pelo Senado.

Para o ano de 2025, as projeções indicam uma inflação de 4,0%, mais próxima do teto da meta do que do centro estabelecido em 3%. A partir do próximo ano, a meta de inflação será calculada com base no IPCA acumulado em 12 meses, e o Banco Central terá que agir caso a inflação fique acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos.

As projeções para 2026 e 2027 também permanecem acima da meta estabelecida, em 3,60% e 3,50%, respectivamente. O Copom considera o primeiro trimestre de 2026 como um horizonte relevante para a política monetária, estimando uma inflação de 3,50% nos quatro trimestres encerrados nesse período.

No cenário atual, o Banco Central prevê que o IPCA encerre 2024 em 4,30% e desacelere para 3,70% em 2025. A situação econômica do país continua sendo monitorada de perto, e medidas podem ser necessárias para controlar a inflação nos próximos anos.

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