Considerando as 114 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,70% para 3,73%. Enquanto para 2025, a projeção aumentou de 3,56% para 3,64%, com base em 112 atualizações no período.
O Relatório de Mercado Focus aponta que a projeção para 2026 permaneceu em 3,50% pela 42ª semana consecutiva, seguindo a reancoragem parcial destacada pelo Banco Central. No horizonte mais distante, em 2027, a estimativa também se manteve em 3,50%, assim como nas últimas 42 semanas.
É importante ressaltar que as estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, que é de 3,00%. O IPCA de 2023 encerrou em 4,62%, ficando abaixo do teto da meta (4,75%) e evitando o estouro do objetivo perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo.
O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou em março a projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, mantendo-a igual às reuniões anteriores de dezembro e janeiro. Já para 2025, a projeção também se manteve em 3,2%.
Além disso, os economistas revisaram as expectativas de inflação de curto prazo no Relatório de Mercado Focus, com destaque para as estimativas para abril, maio e junho de 2024. Para o indicador suavizado, a expectativa para os próximos 12 meses passou de 3,53% para 3,56%.
Em meio a essas projeções e revisões, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia anunciado no ano passado a intenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de estabelecer uma meta contínua de inflação a partir de 2025, porém, até o momento, o decreto regulamentando essa meta não foi publicado. A expectativa é a de que, com a chegada de novos diretores do Banco Central indicados por Lula em janeiro, essa publicação possa se concretizar.
