Desde que o presidente francês, Emmanuel Macron, dissolveu a Assembleia Nacional em 9 de junho, as promessas eleitorais dessa coalizão de partidos têm se multiplicado. No entanto, a Medef argumenta que muitas dessas propostas são caras e não possuem um financiamento claro, o que representa um desafio em meio a uma situação de finanças públicas frágeis e um clima econômico incerto.
Entre as propostas que causam preocupação estão a revogação da reforma previdenciária, a indexação automática dos salários à inflação, a implementação de um salário mínimo de 1.600 euros líquidos por mês, o congelamento de preços e a redução do IVA sobre produtos energéticos. A Medef ressaltou que tais medidas vão na contramão da racionalidade econômica e da estabilidade necessária para enfrentar os desafios atuais.
A reação do mercado financeiro não foi positiva, com a bolsa de valores de Paris registrando uma queda significativa após o anúncio da dissolução da Assembleia Nacional e a possibilidade de um impasse institucional decorrente das próximas eleições. Os rendimentos dos títulos soberanos da França também apresentaram uma alta significativa, refletindo a preocupação dos investidores com o cenário político e econômico do país.
Em um momento de competição internacional acirrada e incertezas econômicas, a implementação de medidas que desafiam a lógica econômica tradicional pode trazer consequências negativas para a economia francesa e o mercado global como um todo. É fundamental buscar por soluções que garantam coerência, estabilidade e confiança para manter o país competitivo e atrativo para investimentos.






